28 November, 2006


1° Encontro CIEE-ABED de EaD


Estive presente na parte da tarde no 1° Encontro CIEE-ABED. A sessão vespertina foi aberta pela Vani Kenski que desenvolveu o tema de que a Educação a Distância também pode ser feita pelos jovens. Sua inquietação dizia respeito a algumas questões:
Qual o conceito de jonvens? Ele está ligado ao comportamento? O que os jovens pensam sobre EaD? O que aprendem?

Vani Kenski pontuou algumas situações:
- educação aberta via internet
- Indefinição no conceito de “jovens”
- Maior capacidade de acesso
- Convergência de mídias
- Cultura participativa
- Inteligência coletiva

Segundo ela, os jovens querem entretenimento. Para educação de jovens, via EaD, o ideal seria o grau de informação estar ligado ao de entretenimento.

Para ela, os jovens buscam:
· Entretenimento
· Participação
· Partilhamento
· Liberdade
· Desafio
· Criação
· Inovação

As comunidades de jovens têm as seguintes características:
· Algumas pessoas se dedicam mais;
· Ninguém sabe muito sobre o tema;
· Todos sabem um pouco;
· Uso de diferentes mídias.

Vani terminou sua fala expondo o caso do jornal Daily Prophet, cuja criadora, Heather Lawyer, ganhou em 2003, o Cable and Wireless Childnet Awards e o BBC Newsround Viewer's Choice Award! com o voto de milhares de crianças e jovens.

Em seguida, falou Michelle Silveira, aluna do CIEE que reiterou o fato de que aprendeu muito ao fazer cursos em EaD e Luiza Rocha Cover, aluna da Anhembi-Morumbi que descreveu o Day Free, aulas on-line. Os dados da pesquisa que realizou permitem dizer que funcionou essa modalidade de ensino.

Martha Carrier, professora disse que estão aprimorando o sistema de aulas on-line; na Anhembi-Morumbi, há 13.000 alunos na modalidade a distância.

Encerrada essa mesa, inicou-se outra com o prof. Litto e com o secretário da Educação a Distância do Ministério da Educação- SEED-MEC, Ronaldo Mota.

O prof. Litto, da Escola do Futuro, está morando na Inglaterra e anunciou em abril (1 a 3) um seminário só de assuntos nacionais, em Recife. E em setembro (2 a 5) um congresso, em Curitiba, cujo tema é “em busca de novos domínios e novos públicos para EaD.”

Além disso, disse que a revista da ABED está sendo reativada e precisa de material científico.

Na sua fala, Litto reiterou o fato de que conteúdo vai estar disponível em abundância e de graça na internet. Há uma mudança muito forte e muito rápida na internet e na EaD. As instituições terão somente o papel de apoio ao estudante e de certificação e não mais por deter conteúdo.

Ronaldo Mota, Secretário da Educação a Distância chama a atenção para a revolução que ocorreu de meia geração atrás. Antes, completa-se o ciclo de estudos aos 24 anos. Hoje, 40% dos estudantes de curso superior têm mais de 24 anos.
E esse público tem técnicas, metodologias, procedimentos diferentes do público mais jovem.
-A Ead será cada vez mais próxima e mais personalizada;
-Em Ead, a comunicação pelas TICs, ser diferente é o normal;
-Seremos todos estudantes para sempre;
-Não há conflito entre presencial e a distância, mas entre ensino tradicional que se recusa a incorporar as tecnologias e a educação flexível, que agrega as TICs e valoriza o professor e o aluno.

Pessoal, em síntese foi isso!

Obrigada!

03 October, 2006

Aulas no Jornal da Tarde

O projeto Educom. JT, em parceria com o jornal da Tarde, continua a todo vapor. No último domingo a aula (elaborada por mim) foi "O curta-metragem na escola" e abordava o premiado filme "Ilha das Flores". Além do site do NCE/ECA/USP, ela está disponível na revista Nova Escola http://revistaescola.abril.com.br/planos/JT/ILHA%20DAS%20FLORES.pdf

No próximo domingo, deve sair uma sobre astronomia e aborda as razões da exclusão de Plutão da classe dos planetas.

28 September, 2006

I SIMPÓSIO NACIONAL DE PESQUISADORES EM COMUNICAÇÃO E CIBERCULTURA


Assisti ao I Simpósio Nacional de Pesquisadores em Comunicação e Cibercultura, realizado pelo Cencib – Centro Interdisciplinar de Pesquisas em Comunicação e Cibercultura, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo de 25 a 29 de setembro de 2006.

Basicamente, ele tinha como objetivo:

  • discutir as relações entre tecnologias/redes digitais, cultura contemporânea e reorganização cotidiana do social, da economia e da política e
  • fundar, ao final dos trabalhos, uma associação interinstitucional de pesquisa, algo como Sociedade Brasileira para o Estudo da Cibercultura.

Eram pesquisadores da PUC/SP, USP, UFRJ, UERG, UFF, UFBA, UFRGS, Unisinos, UFMG, UFPE, UTP, UCS e UDESC em 11 painéis.

Houve uma interessante polarização entre pesquisadores do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, além de bons trabalhos da Bahia, com Marcos Palácios e André Lemos.

Palácios apresentou a última pesquisa realizada para fudamentar o campo da Cibercultura, realizada conjuntamente por instituições de alguns países, que pode ser vista em: http://www.icod.ubi.pt/.

Nela, é possível visualizar uma entrevista de André Lemos que dá a medida de seu pensamento: http://www.icod.ubi.pt/pt/pt_mediateca_lemos.html

O fruto do simpósio foi a fundação da Sociedade Brasileira para o Estudo da Cibercultura.

Em tempo: Não posso deixar de dizer que nessa sexta-feira houve a apresentação do prof. Gilbetto Prado da USP que mostrou 2 projetos.

Um deles é um videogame (está em versão beta) baseado na obra de Oswald de Andrade que trabalha espacial e temporalmente o dia 23 de lulho de 1919, com recriações do ambiente da época por meio de fotos antigas. Ele nos mostrou um vídeo que simula as andanças do jogador.

Simplesmente sensacional! Mas o site dele ainda não tem este projeto.

23 September, 2006



A edição do Jornal da Tarde de 18 de setembro de 2006 trouxe um caderno especial com o debate com o Secretário de Educação do Município de São Paulo. O professor Ismar de Oliveira Soares era um dos debatedores. O tema foram as tecnologias e a Educomunicação.

Detalhe: o secretário prometeu reativar o Educom.

06 September, 2006

Aulas animadas



Mary Grace do Vivência Pedagógica publicou excelente artigo na revista Direcional Escola Direcional Escolas, de agosto de 2006, p. 16-17.

Sua proposta de Aulas Animadas, cujo nome vem do latim “anima” e está ligado a alma, “sopro de vida”, parte da idéia de que o professor deve ficar menos preocupado em "ensinar" e mais em mediar o processo de aprendizagem.

No congresso SABER, Mary Grace apresentou Aulas Animadas: uma produção colaborativa de vídeos na educação, cujo ponto de partida foi a criação de um produto a partir dos diversos recursos (massinha, peças de lego, bonecos e outros materiais) para a elaboração, produção e apresentação de uma propaganda em vídeo do produto criado.

O texto completo pode ser encontrado no seu
site ou pode você pode fazer o
download aqui.

Mídias na Educação


Ainda sobre o SEED, vai começar o curso Mídias na Educação para o Brasil inteiro.

Pretende atender 10.000 educadores em todo Brasil, sendo, em São Paulo, 2.000 professores das redes estadual e municipal de educação pública.

Aqui, no estado de São Paulo, a responsabilidade é do NCE/ECA/USP.

O curso é de formação continuada voltada ao uso da comunicação, suas linguagens e suas tecnologias em projetos educativos

Pretende formar uma Comunidade Virtual que garanta aos educadores das escolas públicas do Estado de São Paulo a democratização de acesso e domínio das linguagens de informação e comunicação;

Deseja identificar e discutir aspectos teóricos e práticos referentes às mídias enquanto linguagens de comunicação: sonora, visual, impressa, audiovisual e informática, ampliando os processos de ensino e aprendizagem; além de orientar os docentes na contextualização das várias mídias em seus projetos pedagógicos a partir de uma perspectiva educomunicativa.

O Programa de Formação Continuada em Mídias na Educação é um curso de extensão universitária a distância, composto por 120h de trabalho acadêmico, sendo 105h on-line e 15h presenciais.

Vou participar como coordenadora de tutoria de um dos grupos.

Uma boa notícia!

O site http://www.eproinfo.mec.gov.br do SEED- Secretaria de Educação anuncia que “começa a realizar estudos sobre o Ambiente de Aprendizagem a Distância MOODLE, com objetivo de ter uma avalição técnica, quanto ao desempenho e estabilidade operacional.”
Já não era sem tempo! O Moodle é extremamente interativo, muito mais fácil de usar. Se o SEED passar a utilizá-lo, haverá um ganho enorme para os professores, principalmente na agilidade que o fórum propicia.
Tomara que a mudança não demore muito. Todos sairão ganhando.

17 May, 2006

Para terminar... Educom.GeraçãoCidadã



Terminando as notícias atrasadas, houve minha participação no ENDECOM – Fórum Nacional em Defesa da Qualidade do Ensino de Comunicação, promovido pela INTERCOM em São Paulo.
Na sexta, 13 de abril, Carmen Gattás e eu apresentamos o Projeto Educom. GeraçãoCidadã: a Educomunicação em ação.

Foi um relato da experiência que vivemos naquele projeto em Embu. Carmen trabalhou em sala de aula e eu no laboratório de informática, na criação de blogs. Este é o link para o trabalho.

Para saber mais sobre o projeto, acesse o NCE e clique em “Geração Cidadã”.

Educom.JT


O NCE (Núcleo de Comunicação e Educação da ECA/USP) começou uma parceria com o Jornal da Tarde do grupo O Estado para publicar, todo domingo, página inteira, uma proposta de aula voltada para os parâmetros da Educomunicação.
O grupo é composto pelas educomunicadoras: Ana Paula Ignácio, Carmem Gattáz, Izabel Leão, Luci Ferraz e M. Salete P. Soares.

Vale a pena entrar no site do NCE, http://www.usp.br/nce/, e clicar em “educom.JT”. Lá estão sendo disponibilizadas as aulas para quem não tem o jornal.
Já é possível ler a que foi elaborada para o Dia do Trabalho e outra sobre xadrez e matemática. A última foi sobre Histórias em Quadrinho (em breve estará disponível).
Algumas novidades sobre uma quinzena agitada

Estou muito atrasada com as novidades. Foi um mês, ou melhor, uma quinzena bem agitada.
Pediram-me um texto para publicar no Porta Curtas sobre o Ilha da Flores e depois o EducaRede também quis o material.
Já há algum tempo que utilizo pequenos vídeos em sala de aula. Sob esse aspecto, o Porta Curtas é excelente; desde que você tenha acesso por banda larga na escola, ele funciona muito bem!
Estou colocando os dois endereços aqui:
EducaRee: Tomates, porcos e seres humanos
PortaCurtas: http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=647 . Meu texto (é o mesmo) está em "Pareceres, uso pedagógico)

01 May, 2006

Tecnologias para Transformar a Educação


O título do livro é um tanto exagerado e teatral. Para transformar a Educação é preciso, antes de mais nada, seres humanos com essa disposição. A tecnologia apenas facilita, agiliza. A tecnologia sozinha não resolve nada. Em todo caso, vou repassar a resenha do livro.

Tecnologias para Transformar a Educação de Juana Maria Sancho e Fernando Hernández reúne um conjunto de saberes, ferramentas e formas de fazer, que são subsídios valiosos para se repensar e melhorar a educação, com especial atenção para o papel das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na educação e sua influência na configuração da escola do amanhã. O livro é destinado a professores e formadores interessados em realizar da melhor forma possível seu trabalho e estar em dia com as problemáticas a ele relacionadas. Os autores apresentam caminhos para compreender a natureza dos desafios que enfrentam e os princípios de atuação para superá-los. Já os profissionais da administração, com responsabilidade no planejamento e na implementação de políticas educativas destinadas a melhorar a escola, encontrarão nesse texto importantes elementos para refletir sobre o sentido de seu trabalho. Por fim, a obra também ajudará aos pais a compreender melhor as problemáticas enfrentadas hoje pela escola. Serviço Formato: 16cm x 23cm Páginas: 200 Preço: R$ R$ 38,00

18 April, 2006

Podcast na escola

A tendência é aumentar cada vez mais a utilização de blogs e de podcasts como recurso pedagógico e de comunicação via internet.

Quatro professoras de São Paulo - Mary Grace, Lilian, Josete e eu -, e uma de Santa Catarina, a profª Eliana, com a ajuda do
Eziquiel da Escolabr, montamos nosso primeiro podcast, totalmente elaborado e editado a distância.

Como primeira experiência, achei muito válido. Quem quiser ouvir está no blog
Vivência Padagógica da Mary.

Acesso pelo link:
http://www.vivenciapedagogica.escolabr.com/

01 April, 2006

Blog na educação

Mais uma vez, Mary Grace com seu Vivência Pedagógica disponiliza um ótimo texto sobre uso pedagógico de blogs. Neste, o gancho é falar de webfólio como estratégia de avaliação e aprendizagem. O post seguinte (e anterior) também é interessante, trata de pesquisa colaborativa em rede.

13 March, 2006

Bibliotecas no mundo
Jorge Roberto Balduzzi fez extensa pesquisa sobre bibliotecas que possuem acervos digitalizados. A lista elaborada por ele merece ser guardada e consultada.
  • Biblioteca Apostólica Vaticana - biblioteca que possui um arquivo secreto: bav.vatican.va
  • Biblioteca Central - localize os livros das bibliotecas da UFRGS: www.biblioteca.ufrgs.br
  • Biblioteca del Congreso - item Expo Virtual mostra alguns tesouros dessa biblioteca argentina: www.bcnbib.gov.ar
  • Biblioteca Digital Andina - Bolívia, Colômbia, Equador e Peru estão representados: www.comunidadandina.org/bda
  • Biblioteca Digital de Obras Raras - livros completos digitalizados, como um de Lavoisier editado no século 19: www.obrasraras.usp.br
  • Biblioteca do Hospital do Câncer - índice desse acervo especializado em oncologia: www.hcanc.org.br/outrasinfs/biblio/biblio1.html
  • Biblioteca do Senado Federal - sistema de busca nos 150 mil títulos da biblioteca: www.prefeitura.sp.gov.br/mariodeandrade
  • Biblioteca Nacional de Portugal - apresenta páginas especiais com reproduções relacionadas a Eça de Queirós e a Giuseppe Verdi, entre outros: www.bn.pt
  • Biblioteca Nacional de España - entre as exposições virtuais, uma interessante coleção cartográfica do século 16 ao 19: www.bibnal.edu.ar
  • Biblioteca Nacional de Maestros - biblioteca argentina voltada para a comunidade educativa: www.bnm.me.gov.ar
  • Biblioteca Nacional del Perú - alguns livros eletrônicos, mapas e imagens: www.binape.gob.pe
  • Biblioteca Nazionale Centrale di Roma - expõe detalhes de obras antigas de seu catálogo: www.bncrm.librari.beniculturali.it Biblioteca Româneasca - textos em romeno e dados sobre autores do país: biblioteca.euroweb.ro
  • Biblioteca Virtual Galega - textos em língua galega, parecida com o português: bvg.udc.es
  • Bibliotheca Alexandrina - conheça a instituição criada à sombra da famosa biblioteca, que sumiu há mais de 1.600 anos: www.bibalex.org/website
  • Biblioteca Digital - em espanhol, apresenta livros e revistas de "todas as disciplinas": www.educ.ar/educar/superior/biblioteca_digital
  • California Digital Library - imagens e e-livros oferecidos pela Universidade da Califórnia: californiadigitallibrary.org
  • Celtic Digital Library - história e literatura celtas: celtdigital.org
  • Círculo Psicanalítico de Minas Gerais - acervo especializado em psicanálise: www.cpmg.org.br/n_biblioteca.asp
  • Cornell Library Digital Collections - compilações variadas, sobre agricultura e matemática, por exemplo: moa.cit.cornell.edu
  • Corpus of Electronic Texts - história, literatura e política irlandesas: www.ucc.ie/celt Crime Library - histórias reais de criminosos, espiões e terroristas: www.crimelibrary.com Educ.ar
  • Gallica - Bibliothèque Numérique - volumes da Biblioteca Nacional da França digitalizados: gallica.bnf.frHuman Rights Library - mais de 14 mil documentos relacionados aos direitos humanos: www1.umn.edu/humanrts
  • IDRC Library - textos e imagens desse centro de estudos do desenvolvimento internacional: www.idrc.ca/library
  • Internet Ancient History Sourcebook - página dedicada à difusão de documentos da Antiguidade: www.fordham.edu/halsall/ancient/asbook.html Internet Archive - guarda páginas da internet em seus diversos estágios de evolução: www.archive.org
  • Internet Public Library - indica páginas em que se podem ler documentos sobre áreas específicas do conhecimento: www.cs.umb.edu/jfklibrary
  • LibDex - índice para localizar mais de 18 mil bibliotecas do mundo todo e seus sites: www.libdex.com
  • Lib-web-cats - enumera bibliotecas de mais de 60 países, mas o foco são os EUA e o Canadá: www.librarytechnology.org/libwebcats
  • Libweb - outro site de busca de instituições, com 6.600 links de 115 países: sunsite.berkeley.edu/Libweb
  • Mosteiro São Geraldo - livros e periódicos sobre história e literatura húngara, filosofia, teologia e religião: www.msg.org.br
  • National Library of Australia - divulga periódicos australianos da década de 1840: www.nla.gov.au Oxford Digital Library - centraliza acesso a projetos digitais das bibliotecas da Universidade de Oxford: www.odl.ox.ac.uk
  • Perseus Digital Library - dedicado a estudos sobre os gregos e romanos antigos: www.perseus.tufts.edu
  • Servei de Biblioteques - bibliotecas da Universidade Autônoma de Barcelona: www.bib.uab.es

Passeata virtual


Para tentar forçar uma solução para o caso do FUST - Fundo de Universalização de Serviços de Telecomunicações, o CDI lançou uma "passeata virtual " FUST JÁ! "

O FUST é alimentado por recursos provenientes do recolhimento de 1% do faturamento bruto das empresas do setor e destina-se a ampliar os serviços de telecomunicações e implantar redes de comunicação em escolas, órgãos públicos, bibliotecas e instituições de saúde.

O dinheiro, que já atinge mais de R$ 3,6 bilhões, continua parado, e, segundo o CDI, vem sendo utilizado para aumentar o superávit primário (diferença entre arrecadação e gastos, usada pelo governo para pagar os juros da dívida externa).

Para mais informações, acesse:
http://sig.cdi.org.br/fust/newsletter2/news_web.htm

11 March, 2006

Educomunicação
Educomunicação: Gestão de processos comunicacionais é o novo curso voltado para pesquisa e o desenvolvimento de questões sobre uso das mídias e de ecossistema comunicativo nas organizações sociais.
Contará com docentes formados pelo Núcleo de Comunicação e Educação – NCE/ECA/USP e será ministrado na Faculdade de Educação e Cultura Montessori - FAMEC/FAAC.
Além dele, existe outro curso, na pós-graduação da ECA/USP, de Gestão de Processos Comunicacionais que privilegia 4 áreas de atuação: educacional, empresarial, artístico-cultural e terceiro setor.

13 February, 2006

Poder do Google: de arrepiar

Com o título de “O poder de apagar a BMW”, o caderno Link do Estadão de segunda, 13/2/06, traz uma notícia de arrepiar. Ela nos permite vislumbrar aquilo que sabíamos (e teimávamos em não lembrar) e temíamos: a manipulação de informação (no caso, pela omissão) de modo expresso, indisfarçado pelos gigantes da internet.
O Google decidiu “punir” a BMW e retirou (pelo menos momentaneamente) referências àquela companhia.
Em um mundo em que cada vez mais dependemos dos mecanismos de busca para encontrar alguma informação na net, senti-me transportada ao ambiente do livro de George Orwell, 1984, e “vi” Winston Smith, personagem principal do livro, alterando notícias ao sabor do Partido. Gelei.

Não vejo solução. O texto do Estadão fala em concorrência a altura do Google. Bobagem. Sempre estaremos nas mãos de alguns para sermos municiados com informações.

Se alguém tiver alguma idéia para essa arapuca, compartilhe-a aqui conosco.
Como o texto do Estadão só está acessível aos assinantes, publico aqui, na íntegra, o artigo:
O poder de apagar a BMW
O Google retirou de seu cadastro o site alemão da BMW. Até há pouco mais de uma semana, quem digitasse as três letras na tela receberia primeiro bmw.de/ como resposta e, só depois, o site internacional, em inglês, da fabricante de automóveis. Não mais. Agora, é como se o site original jamais tivesse existido.
O problema é que os alemães trapacearam. Todo mundo que está na rede a sério procura uma maneira de aparecer melhor no Google - é natural. Existem várias técnicas.
Como o buscador valoriza mais o texto que está acima e nas colunas à esquerda, muitos webdesigners procuram concentrar títulos, linhas explicativas, até menus em alguns casos, logo de cara, nas regiões certas da página.
Se as palavras usadas nos pontos certos forem essenciais, aquelas que usuários costumam buscar, o site poderá ser encontrado com mais facilidade.
Outros designers lançam mão de artimanhas. A mais simples é instalar páginas que redirecionam. Não é complicado: quem cai numa página específica não a vê, ela simplesmente reencaminha o freguês para outra página. Às vezes, você nem percebe que foi parar num site no outro lado do mundo. O artifício foi criado para quem mudou de endereço na web. Onde ficava o site antigo, durante um tempo põe-se um redirecionador.
Espertos como são, os designers da BMW criaram páginas redirecionadoras entulhadas de texto. Cheias de expressões como "carros usados", bons adjetivos, o tipo de coisa que alguém pode digitar no Google quando estiver buscando comprar um carro. O robô do Google, o sistema usado para catalogar os endereços, então sai vasculhando a web. Diferentemente de um browser - seja Explorer, seja Firefox - que nós usamos, o robô não é redirecionado. Ele lê apenas o que está ali. E é aquilo que ele registra como sendo o conteúdo da página.
O pobre do alemão que estivesse em busca de um carro usado terminava sendo obrigado a considerar, antes, uma BMW nova. Nada de grave, talvez. Afinal eles ganham em euros e, no país das autobahns, os impostos para automóvel não são altos à brasileira. Ainda assim é trapaça: um jeito de convencer o robô de que o conteúdo de uma página é um quando o que o sujeito vê é outro.
Então o Google limou com a BMW da rede. Se você não está no Google, para um bom número de pessoas, você não existe. Quando o site da empresa estiver limpo das páginas de trapaças, ele volta. Mas volta num ranking 0. Este Page rank do Google é um de seus maiores segredos. Ninguém sabe ao certo quais os critérios, mas quanto maior a nota de um site, mais acima ele aparece na lista de resultados.
O Google pode fazer isto: banir uma das principais montadoras de automóveis do mundo e, quando decidir recadastrá-la, encaixá-la ali no piso da web, onde o interesse é quase nulo, entre os blogs de adolescentes de 13 anos e minha página pessoal de fotos familiares. E, convenhamos, nada mais do que justo. A BMW estava mentindo. Dizia que seus clientes encontrariam uma coisa quando, na verdade, queriam empurrar outra.
Mas há um problema aí: é poder demais. Se um sistema de buscas é incrivelmente superior a todos os outros, ele controla a web. É ele quem decide o que será apresentado e o que não será. Embora na rede não exista censura de forma alguma, ser banido do Google é, essencialmente, uma forma atordoante de censura.
O que não quer dizer que a trupe do Google esteja errada. A BMW deu uma de esperta, achou que podia driblar o sistema para aparecer melhor. Só que o que o Google oferece de bom é resposta de qualidade para a pergunta feita. Este drible interessa à BMW, não às pobres almas que recorrem a um site de buscas à procura de respostas precisas.
A única solução, e a web carece dela já faz algum tempo, é mais sistemas de busca. Se tiver que ser da Microsoft, que seja. Mas idealmente viria de um novo Google, de uma nova dupla de gênios surgidos dos corredores da Universidade de Stanford - ou, desta vez, do outro lado dos EUA, do MIT. Quem sabe da Europa.
A web, este incrível amontoado de informação cada vez mais sofisticada, só é útil com bons sistemas de busca. Mas só será democrática quando o Google tiver concorrentes à altura. Não importa se, hoje, a empresa pareça agir com bom coração. Ela já mostrou que, quando um governo pede, ela censura. Foi assim que teve início sua relação com a China.
A questão não é se eles usariam seu poder sobre a rede para selecionar o que os usuários vêem com critérios que vão além da qualidade. Isso já fazem. A questão é, apenas, se é só para os chineses que fazem ou se o serviço está à venda também para outros governos.
O Estado de S. Paulo, 13/02/2006

03 February, 2006

Novo livro sobre Mídias Digitais

É uma coletânea de 13 ensaios sobre comunicação. Recebi a notícia via blog Intermezzo que remete ao texto de João Carlos Pinheiro da Fonseca publicado no Telebrasil .

De acordo com o J.C. Pinheiro da Fonseca:

A coletânea de ensaios “Mídias Digitais” enfoca o tema da comunicação decomposto, sob o prisma da transdisciplinaridade, nas cores do social, da tecnologia, da economia, da política, da educação e da cultura. O livro em questão reflete a mudança histórica que ocorre – ou está prestes a ocorrer – no mundo da comunicação, envolvendo atores como produtores, consumidores e distribuidores da informação. A flexibilidade da tecnologia eletrônica digital, testemunhada pelo fenômeno da rápida penetração global da Internet (a interligação mundial das redes), é o agente subjacente a esta mudança.

A coletânea, em especial, faz uma reflexão coletiva das conseqüências que esta mudança terá sobre o Brasil, tal como percebida pela sensibilidade dos autores, membros do nosso mundo acadêmico – em sua grande maioria de origem estatal –, estimulada possivelmente por iniciativas governamentais, tais como tevê digital (estudada desde 1994 pela Abert/SET), instituição do SBTVD (Decreto nº 4.901/2003), fechamento da brecha digital e educação à distância.

J.C. Pinheiro da Fonseca elabora extenso texto sobre o livro, inclusive com resumo dos capítulos e currículo dos autores.

Mídias Digitais – Ficha Técnica
Título: Mídias Digitais
Editora: Paulinas – editora@paulinas.org.br
Autores: Diversos (21 autores contribuintes)
Organizadores: André Barbosa Filho e outros
Páginas: 368
Classificação: ISBN 85.356-1573-3
Catalogação: CDD - 302.230285
Índice Sistemático: Mídias Digitais: Comunicaçã Sociologia Coleção
Comunicação-Estudos
Edição: março 2005
Copyright : Pia Sociedade Filhas de São Paulo

28 January, 2006

sobre um laptop por aluno
Não deixem de ver o blog de Mary Grace Martins que expõe uma série de considerações na discussão sobre um laptop por aluno.
Mary elabora uma profunda reflexão, abordando prós e contras. Ao final, ela é enfática na conclusão sobre o assunto. Leia você também e veja se concorda com ela. Eu assino embaixo de tudo o que ela diz.
Não percam!

26 January, 2006

Projeto um Computador por Aluno - Poli/USP

O site do NCE/ECA/USP traz o relatório elaborado na última reunião do "Projeto Um computador por Aluno", ocorrida na Poli/USP, em meados de dezembro de 2005.

O NCE chama a atenção para o fato de que o documento atribui "um conceito educomunicativo às TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação), definidas como o "conjunto dos recursos tecnológicos, tanto analógicos quanto digitais que garantem o acesso da comunidade educativa à era da informação. Na perspectiva adotada pelo documento, as TIC possibilitam a integração das diversas mídias, facilitando a produção do conhecimento bem como expressão das diversas modalidades de cultura, sempre que usadas de forma integrada".

Acessando o site do NCE, é possível ler, na íntegra, o relatório, publicado em pdf. (em "novidades", é preciso procurar pela data, 9/1/2006)

HP venderá micro com Linux

O jornal O Estado de São Paulo deu essa boa notícia no caderno "Link" de 13 de janeiro de 2006.
O sistema operacional será o Mandriva Linux (
www.mandrivalinux.com).

A HP de olho no programa de inclusão digital "PC para Todos," do Governo Federal, que financia a compra de computadores de baixo custo. Serão duas linhas de PCs, uma para o mercado doméstico e outra para o segmento corporativo.

De acordo com a HP, o suporte técnico de primeiro nível (o que esclarece as dúvidas mais simples) ficará a cargo da HP, enquanto os problemas mais complexos ficarão a cargo da equipe de suporte da Mandriva.

Blogs para educar

Este é o nome do post de Sônia Bertocchi no blog Lousa Digital, que dá o link para o artigo BLOGS PARA EDUCAR: Uso de los blogs en una pedagogía constructivista, publicado na Revista Telos, número 65, outubro / dezembro de 2005, páginas 86-93.
O Blog luso-espanhol sobre educação para os media EDUCOMUNICAÇÃO / EDUCOMUNICACIÓN faz um rápido comentário a respeito de um "livrinho" (segundo Manuel Pinto), em espanhol, que circula nos Estados Unidos, chama-se "Como apoderarse de los medios de comunicación - una guía para comprender el poder de los medios de comunicación y organizarse por la justicia en los medios en su comunidad."

Manuel Pinto afirma que o "livrinho" pretende ser um "manual" (sic) ao serviço da capacitação dos cidadãos face aos media. Constitui uma iniciativa de uma confissão religiosa, mas com finalidades e dimensões que extravasam a confessionalidade. Existe uma versão em inglês, intitulada "Media Empowering".

23 January, 2006

Ética e colaboração

Voltando a Paulo Freire, creio ser interessante comentar o texto elaborado por Lílian Starobinas. Em “Paulo Freire e a Emancipação Digital”, Lílian ao discutir a situação do “analfabeto digital”, afirma que “haverá ganho efetivo em garantir a democratização do acesso à tecnologia somente se pudermos reconhecer o valor dos sujeitos que se tornarão nós da rede de comunicação e investir em sua autonomia."

Além de pensar a emancipação digital como um conceito que necessita de “uma consciência mais aguçada” em relação:

  • à natureza das máquinas e suas linguagens
  • a sua existência enquanto produto cultural, inserido histórico e politicamente.
  • à diversidade de opções que povoam o universo dos sistemas e dos programas
    à capacidade de cada indivíduo de contribuir para a criação de novos produtos no mundo digital
  • à necessidade de crítica permanente em relação aos conteúdos veiculados na rede
    ao compromisso com a manutenção de livre acesso a informações estratégicas na área educacional, cultural e política.
  • à utilização do potencial de interação entre os sujeitos para a busca de usos da infra-estrutura digital em projetos que levem à melhoria das condições de existência das comunidades e de todo o mundo.

Acima de tudo, é preciso conduta ética no uso da rede e relação horizontal nas relações nos processos de colaboração.

15 January, 2006

E Paulo Freire tinha razão...

Jarbas Novelino Barato do blog Aprendente chama a atenção para a entrevista de Mike Rose publicada no portal do Senac sobre as dimensões cognitivas do aprender a trabalhar e os saberes invisíveis construídos pelos trabalhadores.

Reproduzo aqui três trechos bem interessantes.

  • As ferramentas (e muitos tipos de instrumentos e artefatos) são essenciais para construir conhecimentos e aprender coisas novas. Isso é verdade tanto numa oficina de carpintaria quanto num laboratório de física. Ao usar o martelo, um carpinteiro aprende coisas como qualidades dos materiais, princípios de força e movimento, mecânica do corpo. Essa inter-relação entre ferramenta e conhecimento é básica para algumas teorias sociais e psicológicas, tais como as de Marx e Vygotsky. O que me interessa é que, mesmo quando aceitamos essa relação no nível teórico, podemos não enxergar como a conexão entre ferramenta e conhecimento acontece na prática, no dia-a-dia. Por isso temos dificuldade para reconhecer, voltando ao meu exemplo, a inteligência do trabalho em usos fluentes de um martelo.

  • No Ocidente, desde Aristóteles, vivemos uma longa tradição cultural que faz distinções dicotômicas entre conhecimento puro e aplicado, teoria e prática, educação acadêmica e profissional, cérebro e mão. Mas quando você se aproxima do trabalho – o trabalho de um cabeleireiro ou de um cirurgião – essas distinções começam a perder sentido. Existem muitos momentos de pensamento abstrato, envolvendo conceitos e resolução de problemas, no trabalho de um bom cabeleireiro. Perguntei a um profissional da área o que ele faz quando uma pessoa aparece com um corte ou uma coloração malfeita por outro cabeleireiro. “A primeira coisa que você tem que fazer”, ele disse, “é descobrir onde o outro profissional estava tentando chegar”. Considere todo o conhecimento e o pensamento hipotético que entram em ação nesse caso.

  • Já sabemos que em bons programas de educação profissional os alunos desenvolvem perspicácia na percepção, descobrem as capacidades e limitações das ferramentas, melhoram suas habilidades para planejar e priorizar tarefas, resolver problemas rotineiros e eventuais, usar e comunicar uma variedade de símbolos, inclusive símbolos matemáticos. Servem-se da matemática para fundamentar seu planejamento e a resolução de problemas, e da leitura e da escrita para auxiliar a aprendizagem e a execução de tarefas. Aprendem a se comunicar e a trabalhar cooperativamente. Refletem sobre suas próprias ações para evitar prejuízos e erros. Desenvolvem valores estéticos e profissionais. Nossa missão como educadores é colocar em primeiro plano a dimensão cognitiva do trabalho. E realizar um grande esforço para influenciar políticas públicas e promover discussões sobre a inteligência e o conhecimento dos trabalhadores.





13 January, 2006

sobre o Writely

Embora eu já tenha feito uso do Writely, não havia ainda falado sobre ele neste espaço.
O Writely é uma importante ferramenta para trabalhos colaborativos na rede. A primeira vez que eu ouvi falar dele foi pela Suzana, que recebeu a dica do Sérgio.

Agora, a Íris completou, explicou detalhadamente o uso. Vale a pena dar uma olhada em http://projetando.blogspot.com/2005/09/textos-colaborativos-writely.html.

Lá, além de aparecer o visual do software, há a indicação de um excelente site com tutoriais, dele e de outros.



Quem usou ou vier a usar, deixe sua experiência aqui.